domingo, 17 de maio de 2009

S. Nuno de Santa Maria e os Escuteiros


S.
Nuno de Santa Maria, Santo português desde 26 de Abril de 2009, Beato desde 23 de Janeiro de 1918 e “Santo Condestável” para todos desde sempre.
Será que com S. Nuno, os escuteiros do Agrupamento 58, terão algo para aprender? A III Secção considera que sim, quer como guerreiro, frade e homem.
Este Santo primeiro distinguido no campo de batalha de Aljubarrota pelo seu desempenho e astúcia, onde colocou em prática uma nova estratégia bélica para fazer face à diferença no número de soldados existentes entre o exército português (menor) e o exército castelhano (maior). Logo, aqui podemos ver qualidades que não podem passar ao lado a um escuteiro, estas são: a astúcia e dedicação a uma causa.
Falamos de astúcia quando utilizou a técnica do quadrado para superar a diferença numérica entre as partes e dedicação porque se entregou a uma causa nobre de defesa do território português. Nós, escuteiros, também devemos usar astúcia intitulada por nós de “desenrascar”, para conseguirmos ultrapassar todos os desafios que a vida do quotidiano nos coloca e perante os estímulos apresentados pela chefia nas actividades escutistas.
S. Nuno de Santa Maria, nome tão distinto, e que muitas pessoas não sabem de onde provém. Este é oriundo do nome escolhido pelo D. Nuno Álvares Pereira que ao vestir o hábito Carmelita, toma o nome de Frei Nuno de Santa Maria. Neste convento encerrou-se para viver a missão de se afastar do mundo, de ter uma vida totalmente entregue à penitência, à piedade à oração e dedicado à ajuda aos necessitados, tendo para isso abandonado todos os seus haveres para se dar a esta causa. Para nós, escuteiros, podemos retirar, pelo menos, duas acções: a entrega a uma causa, não tendo medo de nos afirmarmos pela instituição a que pertencemos, lutarmos por ela com toda a nossa força e fé. Isto é dar testemunho de Cristo, quando estamos uniformizados e quer quando à civil, no nosso dia a dia; a outra lição que podemos retirar deste acto de S. Nuno é a partilha para com os mais necessitados. Esta solidariedade imensa deve ser tomada como modelo por nós, escuteiros, nesta sociedade tão injusta e carente de boas acções e obras.
Hoje, somos escuteiros, de corpo e alma, ou seja, estamos uniformizados todos os dias e a todas as horas. Assim, pegando no testemunho de B.P. e de S. Nuno, onde somos alertados para a preocupação constante que devemos manter para com o nosso semelhante e deixarmo-nos de guerrilhas e interesses supérfluos. Façamos uma reflexão, e sejamos capazes de nos libertarmos do prazer e dediquemo-nos a ajudar quem precisa, em vez de alimentarmos a ideia de enriquecermos a nossa diversão.
Pois bem, voltemos a S. Nuno de Santa Maria um Santo multifacetado em que à primeira vista a antítese entre a guerra e o convento, parecem não se conciliarem. Mas não, S. Nuno mostra-nos que isso é possível, pondo ao serviço dos outros os seus dons, algo que deve ser a pedra angular de qualquer escuteiro, porque é esta a missão que Jesus nos confiou. “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
Aqui conhecemos um homem que nos deu o seu testemunho de fé, embora, em duas valências distintas mas ambas com o sentido de tornar o mundo melhor, são ambas importantes para a nossa caminhada escutista.
Em suma, pretendemos que a uma mensagem deste texto não seja uma moral para nós, mas que apele à nossa ética de escuteiros e de cidadãos do Mundo. Vejamos como é que através das grandes obras, de S. Nuno de Santa Maria, possamos ser melhor escuteiros, alunos, colegas, filhos e principalmente anunciadores da palavra de Cristo Ressuscitado.